Espaço Niemeyer

Quando você chegou ao MON reparou no chão de vidro perto da entrada que dá acesso à área expositiva? Uma vez dentro do Museu e chegando ao Espaço Niemeyer, no subsolo, olhe para o teto e veja que o chão de vidro é o teto desse espaço. O vidro foi um elemento muito explorado por Niemeyer em suas obras, tanto quanto as linhas curvas de seus desenhos. Esse espaço é uma homenagem ao grande arquiteto, com maquetes de algumas de suas obras mais representativas, além de vídeos e fotografias, e foi concebido com paredes curvas, em homenagem ao apreço que ele tinha por essas formas.

Se você observou esse espaço do lado de fora, reflita: sua percepção aqui dentro sobre o seu tamanho foi a mesma? Parece maior ou menor?

Para um arquiteto, os croquis, ou esboços, fazem parte do dia a dia, por ser um desenho feito à mão livre com a finalidade de expressar uma ideia, um pensamento, uma inspiração. Perceba os esboços feitos por Niemeyer que estão nas paredes. Acompanhe com seu olhar as linhas desses desenhos e imagine-se desenhando: quais gestos você faria para executá-los?

Depois de ver os esboços, dirija-se às maquetes e visualize-as por todos os lados. Agora acompanhe com seu olhar as linhas dos desenhos que estão presentes nelas.

Percorra todo esse espaço e imagine se sua caminhada fosse registrada com uma linha. Como ficaria esse desenho?

O projeto Acesse para Perceber é um dispositivo de mediação em arte dirigido para o público espontâneo (visitantes sem agendamento). Os conteúdos ofertados pelo projeto contemplam uma seleção de obras das diferentes coleções de artes visuais, arquitetura e design, cinco dessas obras possuem também a versão do conteúdo em audiodescrição para pessoas cegas e com baixa-visão. O material é disponibilizado por meio de códigos QR que dão acesso às fichas e aos arquivos em áudio. A proposta baseia-se na formação para a autonomia e para a emancipação do sujeito na exploração do espaço expositivo e na sua relação com a arte. O projeto desperta também o interesse junto a outros perfis de visitantes espontâneos do museu, como o público adolescente e jovem, já habituado à customização de serviços e à procura de informações complementares para aqueles assuntos que despertam o suas curiosidades.

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